Interdisciplinaridade Decolonial no Espaço Não Formal: Saberes dos Ferreiros Africanos Usados Durante a História da Humanidade
2021; Volume: 7; Issue: 2 Linguagem: Português
10.53003/redequim.v7i2.4098
ISSN2447-6099
AutoresLucas Carvalho Do Nascimento Nogueira, Emmanuelle Ferreira Requião Silva, Natássia Leite Matos, Deivisson Oliveira dos Santos, Verônica da Cruz Oliveira,
Tópico(s)Urban Development and Societal Issues
ResumoO presente texto é resultado de uma reflexão levantada após uma aula de campo, que englobou diversas áreas do saber, com o fito de destacar os saberes científicos feitos por outros povos, que não o branco europeu/colonizador. Em outras palavras, uma decolonização do ensino das ciências, à qual é marcada pela valorização das contribuições, saberes, técnicas empregadas por povos tradicionais e africanos. A aula interdisciplinar (História e Química) em questão tratou-se de uma aula de campo ao Museu Náutico da Bahia, entre estudantes da 2ª série do Colégio Estadual Assis Chateaubriand, no município de Salvador, Bahia, Brasil. Nela, os estudantes puderam ter acesso não só a um monumento histórico, como também ao “tocar” no passado e notar que em especial os africanos escravizados, traziam consigo também, conhecimentos e tecnologias. Dentre os saberes resgatados nas Ciências, destacamos para este trabalho o conhecimento da metalurgia do ferro na África Ocidental, que influenciou sobremaneira as relações sociais e econômicas dessa população na diáspora e em sua terra natal – dos ofícios (ferreiros, mineiros) aos rituais e usos desse metal nas mais diversas áreas. O processo de fundição trouxe às civilizações avanços técnicos e práticos, instrumentalizando o homem em suas atividades cotidianas – das domésticas às laborais –, como também no que se refere ao uso bélico, haja vista a confecção de armas brancas e de fogo – canhões – e o comércio que se articulou entre os tempos e os continentes. As aulas e atividades foram realizadas sob o prisma afrocentrado.
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