
Resistir, insistir, persistir, existir: um debate entre Martin Heidegger e Jacques Rancière mediado por Aimé Césaire
2023; UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ; Issue: 61 Linguagem: Português
10.18542/moara.v0i61.13872
ISSN2358-0658
AutoresIrisvaldo Laurindo de Souza, Antônio Máximo Ferraz,
Tópico(s)Linguistics and Education Research
ResumoDiscute as diferentes posições de Heidegger e Rancière sobre resistência através da arte. O primeiro refuta a Estética por acreditar que ela reduz a obra a objeto de sensação e de consumo. O estatuto da arte, para ele, é ontológico; sua verdade desvela-se fenomenologicamente. A primeira hipótese deste artigo é a de que essa maneira de Heidegger encarar a arte é também um modo de teorizar a sua resistência. Rancière, por sua vez, problematiza as ambiguidades da arte: ela resiste em si, materialmente, e para além de si, esteticamente; instaura dissensos. Na contemporaneidade, segundo ele, vige uma metapolítica que reestrutura os modos de resistência ao desvincular a arte tanto da militância política como da estetização mercadológica. A segunda hipótese é a da vigência dessa metapolítica em Diário de um Retorno ao País Natal de Aimé Césaire, poema que também interpretamos à maneira de Heidegger.
Referência(s)