Artigo Acesso aberto Produção Nacional

Os apólogos de Vigílias negras, de Léon-Gontran Damas

2022; Issue: 25 Linguagem: Português

10.11606/issn.2359-5388.i25p139-153

ISSN

2359-5388

Autores

Daniel Padilha Pacheco da Costa,

Tópico(s)

Diverse Cultural and Historical Studies

Resumo

Neste artigo, discuto o lugar especial ocupado pela única obra em prosa ficcional do escritor guianense Léon-Gontran Damas, intitulada Veillées noires. Contes nègres de Guyane (1943), no interior do seu projeto literário e político. Segundo a “ideologia da revalorização africana” própria ao movimento da Negritude, Veillées noires (Vigílias negras) retoma um dos mais importantes gêneros narrativos das culturas orais africanas e crioulas: o conto tradicional. O título “Vigílias negras” metaforiza o contexto original de performance desses contos orais tradicionais oriundos da bacia amazônica da Guiana Francesa e transmitidos pela personagem da anciã “Tètèche”, condensando os seus diferentes sentidos políticos, culturais e telúricos. Como essa coletânea de contos permanece inédita em língua portuguesa, proponho uma tradução dos seus quatro minicontos ou microcontos que, podendo ser considerados “apólogos”, intitulam-se “Palabre” (Bate-papo), “Mystère” (Mistério), “Astuce” (Astúcia) e “Aux premiers âges” (Nos primeiros anos).

Referência(s)