Artigo Revisado por pares

O sagrado transgressor nos corpos incandescentes de Linn da Quebrada e Baco Exu do Blues

2022; Universidade da Beira Interior, Portugal (UBI) & Universidade Estadual de Campinas, Brasil (UNICAMP); Volume: 11; Issue: 2 Linguagem: Português

10.20396/proa.v11i2.16562

ISSN

2175-6015

Autores

Paola Lins de Oliveira,

Tópico(s)

Arts and Performance Studies

Resumo

O objetivo deste artigo é analisar a concepção de sagrado que emerge nos trabalhos de Linn da Quebrada e Baco Exu do Blues, artistas que vêm se destacando na cena contemporânea a partir da música, irradiando sua atuação também para a performance, o audiovisual, a moda, entre outras linguagens. Partindo de temas como o erotismo, a sexualidade, o segredo, assim como a apropriação impensada de elementos religiosos institucionalizados, como orixás e deuses, identifico os contornos de uma força transgressora, atraente e repulsiva, que compõe o sagrado na obra de Linn e Baco. Minha aposta é a de que, considerando as devidas diferenças entre artistas, seus trabalhos contestam as bases sociais que sustentam o racismo, o machismo e a Lgbtfobia, entendendo o sagrado hegemônico branco, masculino e heteronormativo como um dos seus pilares. Consequentemente, sua proposta produz uma concepção alternativa de sagrado em sintonia com a prática artística voltada para a resistência, a subversão e mudança da sociedade.

Referência(s)