
Avenida Presidente Vargas
2022; UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS; Volume: 16; Linguagem: Português
10.20396/labore.v16i00.8671580
ISSN2176-8846
AutoresNaylor Vilas Boas, Verena Andreatta, Francesca Dalmagro Martinelli, Talita Simão Luiz Araujo,
Tópico(s)Urban Development and Societal Issues
ResumoDurante o período ditatorial do Estado Novo brasileiro (1937-1945) diversas foram as intervenções urbanas na cidade do Rio de Janeiro, então capital do Distrito Federal. Uma análise do impacto destas intervenções, que modificaram substancialmente o traçado e os rumos de expansão da cidade, é ainda pouco presente na historiografia, uma vez que estas não fazem parte da memória urbanística moderna da cidade. Esse apagamento, resultante da censura do período, entre outros aspectos, se reflete hoje também na ausência de informações sobre a população destituída dos seus lugares. O presente artigo aborda as transformações urbanas ocorridas no período e, a partir do recorte da religião, objetiva o mapeamento dos espaços de sociabilidade desaparecidos com a abertura da Avenida Presidente Vargas, uma das intervenções do período. Como metodologia, uma abordagem através da literatura sobre o Rio de Janeiro é complementada pela pesquisa em fontes primárias em busca de relatos que permitam situar tais informações no espaço urbano. O mapeamento revela a presença de espaços religiosos desaparecidos para além da fé católica com a abertura da Avenida e permite constituir uma base de dados passíveis de serem associados aos mapas históricos da cidade.
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