
PERCEPÇÃO DE PESCADORES E PEIXEIROS SOBRE A OCORRÊNCIA DE PARASITOS EM PEIXES MARINHOS EM PIÚMA, ESPÍRITO SANTO, BRASIL
2022; Volume: 55; Issue: 2 Linguagem: Português
10.32360/acmar.v55i2.62635
ISSN2526-7639
AutoresRosali Barboza Cavaline, Paula Zambe Azevedo, Gabriel Domingos Carvalho,
Tópico(s)Parasite Biology and Host Interactions
ResumoEste trabalho teve como objetivo realizar um levantamento com profissionais que lidam diretamente com pescado (pescadores e peixeiros) sobre a percepção deles em relação à ocorrência de parasitos nos peixes marinhos comercializados em Piúma, ES. Foram entrevistados 49 participantes (30 pescadores e 19 peixeiros), dos quais 75% disseram já ter visto algum tipo de parasito em peixes, sendo que 21% relataram ter observado endoparasitos, 33% ectoparasitos e 46% ambos os tipos. Os sítios de parasitismo mais relatados foram: brânquias, cavidade celomática, pele, intestinos, musculatura, olhos e cabeça. Os principais peixes citados como hospedeiros de parasitos foram: corvina (Micropogonias sp.), cação caçonete (Rhizoprionodonporosus), peroá-branca/peixe-porco (Balistes capriscus), xaréu (Caranx lugubris) e dourado (Coryphaena hippurus). Os parasitos mais frequentemente observados foram ectoparasitos, que são mais fáceis de serem percebidos, em função do seu tamanho e localização do hospedeiro. Os ectoparasitos mais observados pelos entrevistados foram os crustáceos pertencentes aos gêneros Eurydice, Nerocila e Rocinela. Os entrevistados detinham algum conhecimento empírico que os possibilitou reconhecer que o parasitismo é algo comum e frequente no pescado. Porém, com relação às zoonoses que podem ser causadas por parasitos, eles desconheciam o assunto, o que é preocupante do ponto de vista da saúde pública. Palavras-chave: Eurydice, Nerocila, Rocinela, peixarias, pescado.
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