
Alterações do peridomicílio e suas implicações para o controle do Triatoma brasiliensis
2000; Escola Nacional de Saúde Pública, Fundação Oswaldo Cruz; Volume: 16; Issue: suppl 2 Linguagem: Português
10.1590/s0102-311x2000000800008
ISSN1678-4464
AutoresJosé Wellington Oliveira-Lima, Osvaldo F. Faria Filho, João Batista Vieira, Francisco Vieira Gadelha, A. M. Oliveira Filho,
Tópico(s)Vector-Borne Animal Diseases
ResumoEm Boa Viagem, Ceará, foram investigados e rociados 9.906 anexos dos peridomicílios de 1.541 vivendas rurais em área infestada por Triatoma brasiliensis e/ou Triatoma pseudomaculata com revisões aos 6, 12 e 18 meses. Observou-se um decréscimo do número de anexos nos 18 meses, mais intenso para anexos tipo "pilhas de materiais". De modo geral, a população só modificou 3% dos anexos, principalmente os abrigos de animais (6%). A construção de anexos novos foi importante como causa de novas infestações, significativamente mais presentes nestes (25%) que naqueles que existiam desde o início da observação (4%), provavelmente por conta do expurgo inicialmente realizado. A reinfestação ocorreu lentamente, sendo mais freqüente nos abrigos de animais (7,0%) que em pilhas (4,4%) e em cercas e cobertas (<1%). A densidade da reinfestação sempre foi baixa, independente da espécie do triatomíneo ou do tipo do anexo. Em um estudo colateral, um ensaio pareado com a borrifação inicial de piretróide versus composto organofosforado em matriz de lenta liberação não mostrou diferenças de infestação nem de densidade triatomínica ao final do experimento. Sugere-se a borrifação seletiva de anexos novos tão logo sejam construídos, em áreas semelhantes à deste estudo.
Referência(s)