
EXPANDINDO OS LIMITES DA PRESERVAÇÃO ESFINCTERIANA: RETOSSIGMOIDECTOMIA COM EXCISÃO TOTAL DO MESORRETO E RESSECÇÃO SEGMENTAR DA MUSCULATURA ELEVADORA DO ÂNUS EM PACIENTE COM TUMOR DE RETO AVANÇADO E INVASÃO IPSILATERAL DO ELEVADOR DO ÂNUS
2022; Thieme Medical Publishers (Germany); Linguagem: Português
10.1055/s-0043-1764940
ISSN2317-6423
AutoresPedro Averbach, Guilherme Cutait de Castro Cotti, Kaique Flavio Xavier Cardoso Filardi, Caroline de Freitas Cirenza, Antônio Rocco Imperiale, Caio Sérgio Rizkallah Nahas, Ulysses Ribeiro, Carlos Frederico Sparapan Marques,
Tópico(s)Soft tissue tumors and treatment
ResumoApresentação do Caso Uma paciente do sexo feminino, de 72 anos, previamente hipertensa, apresentava quadro de constipação intestinal e hematoquezia. Ela foi submetida a colonoscopia, que revelou lesão ulceroinfiltrativa, friável, que acometia cerca de 80% da circunferência do órgão no reto médio, a 6 cm da borda anal. Foi realizada biópsia, cujo anatomopatológico evidenciou adenocarcinoma invasivo. Realizou-se também o estadiamento inicial, com ressonância magnética que mostrou lesão 3,5 cm acima do anel anorretal, rm T 3c N 1, com a fáscia mesorretal (FMR) comprometida e invasão vascular extramural positiva. Tomografias de tórax e abdome não apresentaram lesões secundárias. e então, a paciente foi submetida a neoadjuvância de curso longo com capecitabina e radioterapia com dose total de 50,4 Gy. O reestadiamento após 10 semanas do término da neoadjuvância mostrou taxa de regressão tumoral (TRG) 2, estadiamento yrm T3c N0, e disseminação direta do tumor, localizado às 4/5 h (parede posterolateral esquerda), com infiltração das fibras superficiais do músculo coccígeo, com envolvimento da FMR neste ponto. Então, a paciente foi submetida a retossigmoidectomia com excisão total do mesorreto e ressecção da porção acometida da musculatura elevadora do ânus (MEA) em monobloco por videolaparoscopia. Prosseguiu-se com anastomose colorretal baixa por duplo grampeamento e confecção de ileostomia de proteção. O exame anatomopatológico mostrou mesorreto íntegro, ypT3 ypN1a, com margens livres. A paciente apresentou boa evolução, e recebeu alta no sexto dia de pós-operatório com adequado controle álgico, ileostomia funcionante, e sem sinais de complicação no perioperatório. No seguimento ambulatorial com oito meses do procedimento, a paciente seguia bem, sem sinais de recidiva e aguardando o fechamento da ileostomia.
Referência(s)