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RELATO DE CASO: ADENOCARCINOMA METACRÔNICO EM SUPERFÍCIE EXTERNA DE COLOSTOMIA TERMINAL

2022; Thieme Medical Publishers (Germany); Linguagem: Português

10.1055/s-0043-1764711

2317-6423

João Pedro Pinto Cordeiro de Miranda Coutinho, Amanda Cristina Lopes Atuí, Nina Pimenta Henrique, Karol Sotelo Cortês, Roberta Laís dos Santos Mendonça, Enzo Fabrício Ribeiro Nascimento, Ronaldo Nonose, Carlos Alberto Real Martinez,

Colorectal and Anal Carcinomas

Apresentação do Caso Relatamos a caso de uma mulher de 87 anos, obesa, hipertensa, diabética, dislipdêmica, com hipotireoidismo, KPS 50%, em pós-operatório tardio de amputação abdominoperineal do reto realizada havia 21 anos para o tratamento de adenocarcinoma de reto baixo. Havia dois anos , começara a se queixar do aparecimento de lesão vegetante localizada em colostomia terminal, com crescimento progressivo, saída constante de secreção mucoide, de odor forte e fétido. A paciente referiu que nos últimos três meses a lesão havia passado a dificultar a adaptação da bolsa de colostomia. Ela procurou serviço especializado, no qual foi submetida a colonoscopia, que confirmou a presença de extensa lesão vegetante que se iniciava na região externa da colostomia e apresentava sinais de necrose superficial. A lesão era subestenosante, media cerca de 7cm em seu maior diâmetro, e não impedia a progressão do aparelho. No ceco, identificou-se uma segunda lesão vegetante de 3 cm próxima ao óstio apendicular. O exame anatomopatológico da lesão da colostomia mostrou tratar-se de um adenocarcinoma bem diferenciado, e a do ceco, adenoma tubuloviloso com displasia epitelial de alto grau. Apesar de os familiares trocarem diariamente a bolsa de colostomia e identificarem a lesão, em nenhum momento procuraram atendimento especializado. Não obstante as condições clínicas e da idade da doente, optou-se pela indicação de ressecção higiênica da lesão maior e ressecção endoscópica da submucosa da lesão do ceco. Todavia, a família recusou a indicação cirúrgica, optou por alta hospitalar.