Duas estrelas vão ao céu: a sobrevida de Gal Costa e Rolando Boldrin
2022; UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA; Volume: 24; Issue: 45 Linguagem: Português
10.14393/artc-v24-n45-2022-68259
ISSN2178-3845
AutoresVinícius José Fecchio Gueraldo,
Tópico(s)Cultural, Media, and Literary Studies
ResumoPor uma infeliz coincidência da contingência, duas estrelas do nosso cancioneiro foram, tal como Macunaíma, para o “campo vasto do céu”. 1 Gal Costa e Rolando Boldrin fizeram a viagem final no mesmo dia nove de novembro de 2022, mas suas obras continuam a brilhar e constituir a ampla constelação da música popular brasileira, que, como diz Benjamin, “são mais claramente visíveis nos extremos”. 2 Isto é, pela distância que os aproxima, suas obras têm muito a nos ensinar sobre a nossa maneira de fazer canções. A constância de Boldrin e as muitas metamorfoses de Gal expõem e pensam, cada qual a sua maneira, um traço característico das chamadas formações periféricas do sistema capitalista, a saber, a necessidade da manutenção de práticas e ideias ditas tradicionais ou arcaicas para a realização do moderno ou do novo
Referência(s)