
Perfil epidemiológico dos acidentes botrópicos notificados na região do Baixo Amazonas no período de 2019 a 2021
2023; Volume: 4; Issue: 1 Linguagem: Português
10.52076/eacad-v4i1.431
ISSN2675-8539
AutoresGilce Cléia dos Santos Carvalho, Ludimila da Silva Costa, Maycon Douglas Harley Viana, Ednaldo Pereira Maranhão, Keilla Jeanne Silva dos Santos, Jhonny Patrick Santos Teixeira, Adria Leitão Maia,
Tópico(s)Rabies epidemiology and control
ResumoO acidente ofídico ocorre por uma inoculação de toxinas presentes nas presas das serpentes. No Brasil, os casos envolvem, majoritariamente, serpentes do gênero Bothrops (jararacas), principalmente na Amazônia. Objetivou-se avaliar os aspectos epidemiológicos dos casos de acidentes botrópicos notificados na região do Baixo Amazonas no período de 2019 a 2021. Foi realizado um estudo descritivo, de desenvolvimento retrospectivo e de abordagem quantitativa, através de consulta na base de dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN), e da plataforma do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS), com recorte temporal de dados analisados na região entre os anos de 2019 e 2021. Os resultados apontaram que dos 6714 casos notificados por animais peçonhentos, 4516 (67%) foram causados por serpentes, e 2062 (46%) envolveram o gênero Bothrops, apresentando maior incidência nos municípios de Santarém, com maior prevalência nos meses chuvosos. A frequência foi maior no sexo masculino, na faixa entre 20-39 anos, sendo a maioria dos agravos classificados como leve. Quanto ao tempo demandado entre a picada e o atendimento, a maioria das vítimas foram atendidas entre 1 e 3 horas; em relação a evolução dos casos, 12 (70%) evoluíram para óbito. Dessa forma, os resultados obtidos são muito semelhantes à literatura, embora os dados tenham mostrado possíveis falhas nas notificações dos acidentes, implicando na realização de capacitação para os profissionais de saúde e orientações para as populações mais vulneráveis e residentes em localidades remotas.
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