Artigo Acesso aberto Produção Nacional Revisado por pares

REPARO DE LESÃO PERIAPICAL PÓS-TRATAMENTO ENDODÔNTICO EM PACIENTE PORTADOR DE HEPATITE C: RELATO DE CASO

2023; Faculdade Novo Milênio; Volume: 16; Issue: 3 Linguagem: Português

10.54751/revistafoco.v16n3-122

ISSN

1981-223X

Autores

Francisco Carlos Ribeiro, Lorena Cristina Duarte Azeredo, Claudia Mendonça Reis Romano, Juliana Machado Barroso Xavier, Rafaela Aguiar Giovanelli, Thaislaine Gonçalves Martins, Thiago Farias Rocha Lima,

Tópico(s)

Endodontics and Root Canal Treatments

Resumo

O presente trabalho tem como objetivo expor o relato de caso clínico referente ao tratamento endodôntico não cirúrgico realizado no dente 12, com lesão periapical extensa em paciente com hepatite C (HCV). A metodologia consiste em um estudo descritivo individual do tipo relato de caso, o qual inclui imagens clínicas e radiográficas de uma paciente do sexo feminino, 63 anos, com hepatite C, que compareceu à clínica odontológica queixando-se de tumefação na região do palato e ausência de sintomatologia relatada. Clinicamente além da tumefação constatou-se elemento com mobilidade, ausência de dor ao teste térmico (frio) e à palpação. Radiograficamente observou-se área radiolúcida bem delimitada associada ao ápice do elemento 12. O diagnóstico foi de polpa necrótica e periodontite apical assintomática. Após exame clínico completo, iniciou-se o tratamento endodôntico não cirúrgico, utilizando-se a técnica de preparo coroa-ápice Oregon modificada, associada ao hipoclorito de sódio a 2,5% como solução irrigadora. Aplicou-se a pasta de hidróxido de cálcio como medicação intracanal e o canal radicular foi selado provisoriamente com Cimento Interim (IRM). Decorridos 7 dias da primeira sessão, constatou-se o reagudecimento do processo inflamatório crônico instalado na região periapical, evidenciado pela exuberante quantidade de exsudato purulento drenando via canal radicular, e consequente sintomatologia dolorosa. Somente na quarta sessão, após rigoroso saneamento do canal radicular, antibioticoterapia e exposição dele ao meio bucal para drenagem, foi possível aplicar novamente a pasta de hidróxido de cálcio e selar provisoriamente a cavidade. Na sessão seguinte, após a constatação da ausência de sinais clínicos e sintomas, optou-se pela obturação do canal radicular pela técnica Híbrida de Tagger associada à guta-percha e ao cimento endodôntico AH Plus. Após o período de proservação, de aproximadamente 24 meses, constatou-se ausência de sinais clínicos e sintomatologia, além de imagens radiográficas compatíveis com reparação tecidual e neoformação óssea da área previamente lesionada, bem como o desaparecimento da tumefação na região do palato.

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