Apendicite aguda: perfil epidemiológico no Brasil, de 2017 a 2021
2023; Brazilian Journal of Development; Volume: 9; Issue: 3 Linguagem: Português
10.34117/bjdv9n3-212
ISSN2525-8761
AutoresArley Daniel de Moura Gouveia, Andressa Soares de Mendonça Braga, Amanda Patricia de Freitas Alves, João Emmanuel Leite De Oliveira Filho, Dália Maria de Castro Tenório, Victória Ingrid de Melo Tenório Cansanção, Aline Tenório Lins Carnaúba,
Tópico(s)Maternal and Neonatal Healthcare
ResumoIntrodução: A apendicite é a causa mais comum de abdome agudo no mundo e sua maioria resulta em cirurgia para a resolução. A inflamação do apêndice apresenta uma fisiopatologia que engloba não apenas a obstrução do lúmen do apêndice, mas também algumas infecções. O quadro desta patologia, que de acordo com dados da literatura observados neste estudo, no Brasil e no mundo, ocorre mais em homens do que em mulheres, e a decorrência desta doença pode ser do mais simples, como a clássica dor em fossa ilíaca direita (não sendo patognomônico da apendicite) sem complicações, até a forma mais complexa, com presença de complicação, e a abordagem precoce é um dos fatores decisivos para bom prognóstico do paciente. O Brasil apresenta diversos casos de apendicite em suas regiões, sendo a apendicite aguda a que a população mais busca tratamento, geralmente pela dor em fossa ilíaca direita. Assim, o diagnóstico da apendicite pode ser clínico e complementado por exames laboratoriais e de imagem, sendo a precocidade um fator determinante para o melhor prognóstico. Objetivo: Descrever, estudar e analisar o perfil epidemiológico dos pacientes diagnosticados com apendicite aguda no Brasil , entre os anos e 2017 a 2021. Materiais e métodos: Trata-se de um estudo epidemiológico, do tipo observacional e descritivo. Os dados foram consultados na base de dados do Sistema de Informações Hospitalares, disponibilizado pelo Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde, no período de 2017 a 2021. Resultados e discussão: Os casos de apendicite aguda de 2017 a 2021 no Brasil de pacientes diagnosticados e internados totalizou 616.205 casos, sendo sua maioria encontrada no sudeste brasileiro (37,70% dos casos), região com maior número de habitantes do território brasileiro, desta maneira, o fator da população é um importante parâmetro para a incidência da apendicite por regiões no Brasil. Foi evidenciado, neste mesmo período pesquisado, uma maior prevalência sobre o sexo masculino e grande prevalência em adultos jovens entre 20 e 29 anos sendo mais rara nos extremos de idade. O tratamento precoce para apendicite é fator de bom prognóstico, deste a apendicectomia convencional que, atualmente, é a conduta mais utilizada pelos cirurgiões. Desta maneira, a apendicite aguda está presente em todo o território brasileiro principalmente em jovens. O diagnóstico precoce é de extrema importância para o manejo e melhor prognóstico da apendicite aguda, assim como o tratamento adequado. Conclusão: Diante deste estudo, infere-se, portanto, o amplo número de indivíduos no Brasil internados por apendicite aguda entre os anos de 2017 e 2021, analisados por sexo, região, raça com uma maior incidência de internações na região Sudeste, tendo maior prevalência o sexo masculino, na faixa etária entre 20 e 29 anos de idade, com uma ampla maioria de atendimentos com caráter de urgência por todo o país.
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