ENTRE O PADÊ E O INEXPERIENCIÁVEL
2022; UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL; Volume: 37; Issue: 74 Linguagem: Português
10.22456/2238-8915.125595
ISSN2238-8915
AutoresHelano Ribeiro, Jeean Karlos Souza Gomes,
Tópico(s)Urban and sociocultural dynamics
ResumoEsse artigo propõe discussões acerca da poesia de Edimilson de Almeida Pereira estabelecendo um recorte de sua produção, que bebe da fonte das culturas banto e yorubá. Nesse sentido, é uma poesia negra que se inspira na mitologia daqueles povos. Os livros de onde vieram os poemas são: Poesia + (antologia poética 1985-2019) (2019), Poemas para ler com palmas (2017) e Livro de fala (2008). Para lê-los, precisa-se, porém, acessar as epistemologias vindas de África e as entrecruzadas aqui no Brasil. Dessa forma, a base teórica referente à mitologia e a epistemologias negras partiu de Luz (1995), Oliveira (2003; 2007), Ford (1999), Haddock-Lobo (2020), Freitas (2016) e Ribeiro (1996). Tais epistemologias fogem da lógica ocidental, aí Derrida (2014) foi o fulcro teórico, além dos trabalhos de Agamben (2005) e Deleuze e Guattari (2012). Como se trata de uma poesia contemporânea, os trabalhos de Siscar (2010) contextualizaram os poemas de Pereira no aqui-e-agora. É, portanto, na crise que os poemas negros emergem e fluem em um devir da linguagem, evocando uma experiência do inexperienciável.
Referência(s)