Pesquisa de Escherichia coli e Klebsiella pneumoniae em estetoscópios e aparelhos celulares de profissionais da saúde em um hospital privado de Anápolis – Goiás e seu perfil de sensibilidade aos antimicrobianos
2023; Grupo de Pesquisa Metodologias em Ensino e Aprendizagem em Ciências; Volume: 12; Issue: 4 Linguagem: Português
10.33448/rsd-v12i4.40388
ISSN2525-3409
AutoresJúlia Cândido Carvalho, Gabriela Magalhães Bandeira Gomes, Karoline Mariane Julião, Cristiane Teixeira Vilhena Bernardes, Jivago Carneiro Jaime,
Tópico(s)Infection Control in Healthcare
ResumoAs infecções nosocomiais são infecções adquiridas em ambiente hospitalar, fortemente associadas a processos de gravidade dos pacientes. Assim, a limpeza inadequada ou inexistente de fômites corrobora fortemente com esse processo. O presente estudo teve como objetivo identificar as bactérias Escherichia coli e Klebsiella pneumoniae em telefones celulares e estetoscópios pertencentes à equipe multiprofissional ou ao próprio hospital, verificar a frequência de higienização destes, tal como identificar possível resistência das bactérias a antibióticos, a fim de entender o impacto destas nas infecções nosocomiais do hospital analisado. As amostras foram coletada com swabs estéreis e analisadas em laboratório para realização de identificação bioquímica e verificação de resistência a antibióticos pela técnica de Kirby Bauer. Foram também aplicados questionários objetivos aos participantes. Coletaram-se 50 amostras, em que 93,10% (27/29) dos celulares e 95,23% (20/21) dos estetoscópios indicaram contaminação. Considerando-se apenas as amostras de estetoscópios, a colonização destes por Klebisiella pneumoniae possui índice de quase 5%, enquanto analisando-se as amostras de celulares obtivemos 3,5% de contaminação por E.coli. A bactéria E.coli isolada neste estudo não apresentou resistência a nenhum dos antibióticos, enquanto a amostra de Klebsiella foi resistente a todos os antibióticos testados. Em relação aos questionários, 34,4% dos participantes afirmaram limpar seus telefones moveis diariamente, enquanto apenas 3 participantes (14%) afirmaram higienizar os estetoscópios após cada paciente. Apesar dos índices de Escherichia coli e Klebsiella pneumoniae nos celulares e estetoscópios estudados não serem altos, este estudo aborda uma temática extremamente relevante e colabora com desenvolvimento de possíveis intervenções para redução das infecções nosocomiais.
Referência(s)