
Alterações sexuais na epilepsia: resultados de uma avaliação multidisciplinar
1999; Thieme Medical Publishers (Germany); Volume: 57; Issue: 3B Linguagem: Português
10.1590/s0004-282x1999000500011
ISSN1678-4227
AutoresHelga Cristina Almeida da Silva, Margarete J. Carvalho, Carmem Lisa Jorge, Malebranche B. C. Cunha Neto, Plínio Moreira de Góes, Elza Márcia Targas Yacubian,
Tópico(s)Hemoglobinopathies and Related Disorders
ResumoOnze pacientes do sexo masculino com epilepsia e queixa de alteração sexual foram submetidos a avaliação multidisciplinar. A média de idade foi 27 anos (20-34), a duração média da epilepsia foi 19 anos (0,5-32) e a frequência média das crises foi duas por semana (0-7). Dez pacientes apresentavam crises parciais e um, mioclônicas. Dez pacientes recebiam drogas antiepilépticas (difenil-hidantoína - 1, carbamazepina - 8, clonazepam - 3, clobazam - 2, valproato - 3, vigabatrina - 1). Segundo os critérios do DSM III -- R, as queixas foram disfunção erétil (9), redução da libido (4), froteurismo (4), inibição do orgasmo (3), ejaculação precoce (3), fetichismo (2), voyeurismo (2), exibicionismo (2), pedofilia (1) e aversão sexual (1). A avaliação endocrinológica mostrou hipogonadismo hipogonadotrófico em dois pacientes. A avaliação urológica revelou disfunção erétil orgânica em outros dois. Em um paciente a alteração sexual foi considerada psicogênica. Em seis pacientes não foi possível estabelecer diagnóstico etiológico definitivo. Este estudo mostra que a alteração da sexualidade na epilepsia é multifatorial e necessita de abordagem multidisciplinar.
Referência(s)