
Análise discriminante do desempenho motor de ginastas brasileiras de níveis competitivos distintos
2022; School of Physical Education and Sports - USP; Volume: 36; Linguagem: Português
10.11606/issn.1981-4690.2022e36208940
ISSN1981-4690
AutoresSarita Bacciotti, Adam Baxter‐Jones, Adroaldo Cézar Araújo Gaya, José Maia,
Tópico(s)Physical Education and Sports Studies
ResumoO presente estudo pesquisou o poder discriminante da bateria de testes Talent Opportunity Program (TOPS) em ginastas brasileiras de elite e não-elite de três categorias competitivas: pré-infantil, infantil e juvenil. A amostra compreende 234 ginastas (67 elite e 170 não-elite) de 9 a 15 anos, provenientes de 26 clubes. Foram obtidas informações antropométricas, de composição corporal, maturação biológica e treinamento. O desempenho motor foi avaliado por meio de sete testes da bateria de capacidades físicas TOPS (parada de mãos, lançamento na barra, subida na corda, esquadro à parada de mãos, flexibilidade de pernas, elevação no espaldar, velocidade). Foram utilizados o teste T2 de Hotteling, bem como a opção stepwise da função discriminante implementada no SYSTAT 13. Há diferenças significativas (p<0.001) entre os vetores de médias dos grupos elite e não-elite em cada categoria. Em média, as ginastas de elite têm desempenhos significativamente superiores às não-elite em praticamente todos os testes (p<0.05), exceto na prova de velocidade (p>0.05). A análise discriminante identificou os testes que separaram maximamente as ginastas do grupo elite e não-elite: lançamento na barra (categoria pré-infantil); esquadro à parada de mãos de mãos, subida na corda e parada de mãos (categoria infantil); elevação no espaldar e flexibilidade de pernas (categoria juvenil). A reclassificação nos grupos originais foi relativamente elevada: 84% na categoria pré-infantil, 79% na categoria infantil e 75% na categoria juvenil. Em conclusão, os resultados evidenciaram diferenças significativas nos níveis de desempenho motor das ginastas de elite versus não-elite, além do poder discriminante da TOPS em cada uma das categorias competitivas, sugerindo sua utilização na avaliação e controle do treino, e adjuvante nas tomadas de decisão dos selecionadores de Ginástica Artística Feminina.
Referência(s)