
Alfred Hitchcock na velocidade terrível da queda
2016; Volume: 4; Issue: 2 Linguagem: Português
10.30620/gz.v4n2.p11
ISSN2318-7085
Autores Tópico(s)Arts and Performance Studies
ResumoNo presente trabalho, propomos uma leitura da repetição de imagens de queda como um profundo sintoma que perpassa a filmografia de Alfred Hitchcock. Trata-se da precariedade, da dificuldade de equilíbrio, tema marcante em Vertigo (Um Corpo que Cai, 1958), North by North West (Intriga Internacional, 1959) e Rebeca (Rebeca, a Mulher Inesquecível, 1940). Analisamos a ameaça da queda como uma metáfora do corpo das mulheres, no sentido de estar ligada a um desejo incestuoso de volta ao útero, algo fora da lei simbólica predominante e, portanto, de efeitos nefastos aos sujeitos. Na produção hitchcockiana, a atmosfera de suspense que perpassa os filmes liga-se a uma série de metáforas antropomórficas, relacionadas ao corpo das mulheres. A tendência não passou despercebida à teoria feminista do cinema, no trabalho de pesquisadoras como Paula Cohen (1995), Kaja Silverman (1998) e Tânia Modleski (2005). [Recebido: 26 fev. 2016 – Aceito: 10 mar. 2016]
Referência(s)