
ALGUNS APONTAMENTOS SOBRE AS FORMAS DE CONHECER A FOME A PARTIR DA TRAJETÓRIA SOCIAL DO PROGRAMA FOME ZERO
2023; UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO; Volume: 16; Issue: 1 Linguagem: Português
10.12957/synthesis.2023.75896
ISSN2358-4130
Autores Tópico(s)Income, Poverty, and Inequality
Resumo“Podemos falar que a insegurança alimentar grave é um pleonasmo para fome?” Essa pergunta é ponto de partida para a construção deste artigo, que busca desenvolver uma análise dos processos de estabilização da categoria de fome ao longo de sua consolidação e instituição enquanto objeto de políticas públicas. Ao ter como lugar de atenção alguns espaços, técnicas e eventos de produção de saber sobre a fome, isto é, espaços em que ela é estabilizada e (trans)formada ao longo da trajetória social do Programa Fome Zero, busco trazer à tona os seguintes questionamentos: o que estamos medindo quando dizemos que medimos a fome ou a insegurança alimentar? Questionar o caráter dito “técnico” na produção desses objetos, desvelar os fatos como feitos, é suficiente para a compreensão de fenômenos mais amplos ligados à governamentalidade? Como essa produção é coordenada na prática das políticas públicas? Para responder a tais questionamentos, tento articular certo recorte da produção bibliográfica antropológica sobre fome com um agrupamento de documentos, práticas e eventos associados à criação e instituição dessa política pública guarda-chuva.
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