
Vigilância e elevada cobertura vacinal: como Portugal superou o colapso e retomou o controle da pandemia
2023; ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE SAÚDE COLETIVA; Volume: 28; Issue: 5 Linguagem: Português
10.1590/1413-81232023285.10732022
ISSN1678-4561
AutoresSandra Garrido de Barros, Denise Nogueira Cruz, Jamacy Costa Souza, Lívia Angeli Silva, Maria Clara da Silva Guimarães, Morena Morais Rezende, Jairnilson Silva Paim, Lígia Maria Vieira-da-Silva,
Tópico(s)COVID-19 epidemiological studies
ResumoResumo As incertezas sobre a COVID-19 requerem avaliação das respostas nacionais, visando identificar sucessos e fracassos no seu controle. Este artigo analisou a resposta portuguesa, particularmente a contribuição dos seus sistemas de saúde e de vigilância no enfrentamento à pandemia. Foi realizada uma revisão integrativa da literatura, sendo incluídas consultas a observatórios, documentos e sites institucionais. A resposta portuguesa foi ágil e revelou uma coordenação técnica e política unificada. Contou com estrutura de vigilância e uso de telemedicina. A reabertura foi amparada na alta testagem, baixa positividade e regras rígidas. Contudo, o relaxamento das medidas a partir de novembro/2020 resultou em aumento de casos com colapso do sistema de saúde. A resposta a esta situação envolveu estratégia de vigilância consistente, com instrumentos de monitoramento inovadores, que, aliados à alta adesão da população à vacinação, levaram à superação daquele momento e mantiveram baixos índices de hospitalizações e óbitos em novas ondas. Nesse sentido, o caso português evidenciou os riscos de recrudescimento com a flexibilização, a exaustão da população em relação a medidas restritivas e novas variantes, mas também a importância da articulação entre a coordenação técnica, a esfera política e o comitê científico.
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