Alteração cardíaca causada pelo uso de testosterona em atletas adultos e jovens: estudo de revisão de literatura
2023; Brazilian Journal of Development; Volume: 9; Issue: 05 Linguagem: Português
10.34117/bjdv9n5-190
ISSN2525-8761
AutoresLeoncio Silva Valença, André Luiz Xavier Canevaroli, Nicole Ascencio Dangoni, Larissa Chediak Faraco, Fernanda Grazielle da Silva Azevedo Nora,
Tópico(s)Hormonal and reproductive studies
ResumoO hormônio androgênico masculino, mas que também está presente, em menor quantidade, nas mulheres – a testosterona. Em decorrência de suas ações anabólicas, os esteroides anabolizantes (EAs) são usados por atletas para melhorar o desempenho físico; no entanto, seu uso tem sido crescente entre pessoas que praticam atividade física, tanto em forma de lazer, com o simples objetivo de melhorar a aparência física, quanto profissionalmente. O que se tem percebido é que os usuários de EAs fazem uso de doses suprafisiológicas, capazes de ocasionar o aparecimento de sérios efeitos colaterais, como os prejuízos cardiovasculares. Isso traz sérias consequências a quem faz uso indiscriminado e abusivo das substâncias e se configura como um problema muito preocupante a nível de saúde pública. Esta revisão tem por objetivo analisar o risco da utilização de esteroides anabolizantes e sua relação com as alterações cardiovasculares. A revisão foi realizada por meio das bases de dados SciELO, PubMed, ScienceDirect e Google Scholar em estudos publicados no período de 2003 até 2023. O uso abusivo de EAs, como visto, transforma a hipertrofia cardíaca fisiológica em patológica. A pessoa ultrapassa os liames da beleza rapidamente, a passos largos rumo às doenças, por assim dizer. Estas alterações prejudiciais ao tecido cardíaco têm a ver com o aumento de fibrose, a redução da densidade capilar e o fluxo sanguíneo no miocárdio, o que conduz o organismo ao aumento nas vias pró-apoptóticas. Tais efeitos podem ser silenciosos por um certo tempo, mas logo podem levar os indivíduos a cardiopatias como, por exemplo, a insuficiência cardíaca, o que torna o uso de EAs um importante problema de saúde pública.
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