
Inserção dos movimentos feministas na sociedade e sua relevância para a promoção da dignidade feminina
2023; Servicios Academicos Intercontinentales; Volume: 16; Issue: 5 Linguagem: Português
10.55905/revconv.16n.5-038
ISSN1988-7833
AutoresDulce Elena Coelho Barros, Viviane Pinheiro Da Veiga,
Tópico(s)Gender, Sexuality, and Education
ResumoEmbora seja considerado pernicioso por alguns segmentos da sociedade, o Movimento Feminista tem desempenhado relevante papel na sociedade quando se pensa e discute os direitos das mulheres e quando se observa os avanços políticos efetivados ao longo dos últimos anos em relação à representatividade feminina na sociedade. Seja no campo político ou na esfera privada, os feminismos têm proporcionado um novo lugar à mulher, dando-lhe voz para que possa denunciar suas mazelas e reivindicar posições em que possa viver e se desenvolver longe dos longos e violentos dedos do patriarcado. Buscando, assim, tornar-se protagonista do seu modo de pertença na sociedade, por tanto tempo marginalizada e segregada em um lugar de dor e silêncio. Seguramente não é possível imaginar que todas as conquistas e recolocações femininas ao longo das últimas décadas são fruto apenas de mudanças sociais e generosidade masculina. As mudanças sociais que promoveram evolução e ressignificação da mulher enquanto ser pensante e político tiveram uma força motriz propulsora assídua e incansável: os movimentos de mulheres. Dessa forma, é preciso entender que não há evolução sem luta e não há ressignificação sem profundas reflexões acerca do que é ser mulher – um construto social lapidado por rótulos e preconceitos. À luz desses fatos, este artigo pretende expor as dificuldades encontradas por diferentes grupos de mulheres, em múltiplas esferas da sociedade, em garantir direitos constitucionais adquiridos, bem como demonstrar a relevância do percurso dos movimentos feministas em busca de uma existência menos desigual e mais significativa para esses sujeitos sociais. À partir de estudos e pesquisas, em parte do corpus da Revista Estudos Feministas (UFSC), e com o amparo de pertinentes reflexões promovidas pelas pesquisadoras Jussara Reis Prá e Léa Épping, em seu artigo Cidadania e Feminismo nos Direitos Humanos das Mulheres, foi possível concluir que sem ativismo não existem avanços. Compreende-se que em uma sociedade mergulhada no preconceito e segregadora por natureza, ainda que leis sejam sancionadas podem, em condições propícias ao abuso de poder, cair no esquecimento e descrédito que levam ao seu não cumprimento por parte das autoridades estabelecidas.
Referência(s)