
Estados dissolutivos da guerra civil: entre rapina e autodestruição
2023; Taylor & Francis; Linguagem: Português
10.1080/23337486.2023.2205748
ISSN2333-7494
Autores Tópico(s)Economic Theory and Policy
ResumoNeste artigo, analiso criticamente as transformações do político contemporâneo e suas relações com a guerra e a economia. Tomando o fim da Guerra Fria como o resultado de uma crise estrutural do capitalismo iniciada nos anos 1970, mostro que esse período é marcado pela instabilidade, devido á ampliação do espaço de dominação da última superpotência, sustentado com recursos em queda. Argumento que, por essa razão, os Estados Unidos se vêm compelidos a guerras de ordenamento mundial para manter a credibilidade do poder de suas armas e do dólar. Em seguida, discuto como, após a Segunda Guerra Mundial, a política foi tensionada a se subordinar mais intensamente á economia e sustento que, na crise atual, estas mélanges continuam se reproduzindo, agora em uma espécie de economia política da barbárie – um emaranhado entre guerra, economia e política. Isso porque a gravidade da crise econômica, que faz dela o centro nervoso da vida social, exige essa fusão, que pode ser observada na epidemia de guerras civis, conduzidas por bandos armados desideologizados que exercem poder em pequenos territórios. Tais grupos são a expressão desse recrudescimento: sustentada nos estilhaços do que foi o Estado, essa modalidade de poder segue a necessidade da rapina dada pela economia – em pequena ou grande escala. Meu argumento central é que, para levar adiante a irrealidade da acumulação, essa situação conduz á aliança do capital globalizado, que requer o trabalho sujo com esses bandos, elevados a modelo de gestão imediata da barbárie como ordenamento local combinado ao mundial.
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