Artigo Acesso aberto

A opulência do período joanino no Brasil e o legado da obra de D. João VI para a educação e a cultura brasileira (1808-1821)

2023; Servicios Academicos Intercontinentales; Volume: 16; Issue: 43 Linguagem: Português

10.55905/rdelosv16.n43-024

ISSN

1988-5245

Autores

Júlio Resende Costa,

Tópico(s)

History of Education Research in Brazil

Resumo

O texto versa sobre a transferência e permanência da família real portuguesa no Brasil entre 1808 e 1821, assim como seus impactos na reorganização administrativa da colônia lusitana. O artigo aborda os eventos políticos ocorridos no último quartel do século XVIII e no início do século XIX, com destaque para a Revolução Francesa (1789-1799), as Guerras Napoleônicas (1803-1815) e o Congresso de Viena (1814-1815). O estudo analisa a influência desses acontecimentos históricos na decisão de D. João VI se estabelecer na Colônia. Discute-se, também, os impactos da obra joanina para a educação e a cultura brasileira. A pesquisa qualitativa, fundamentada na revisão bibliográfica e a comunicação por meio de um texto dissertativo-argumentativo constituiu o caminho metodológico adotado para a construção do artigo. A presença da família real portuguesa no Brasil-Colônia alterou profundamente a fisionomia da capital fluminense e a sociedade brasileira. Reorganizou as relações de poder entre a Metrópole e a Colônia e inverteu as funções administrativas entre Portugal e Brasil. Ainda que em número insuficiente para atender a população em idade escolar, D. João VI aumentou a quantidade de aulas régias na Colônia. Embora o ensino secundário tenha experimentado uma expansão, os esforços do príncipe regente se concentraram no ensino superior, por meio da criação de algumas faculdades, sobretudo aquelas dedicadas à medicina. A cidade do Rio de Janeiro precisava se adequar às necessidades culturais da família real e sua corte. Nesse sentido, a cultura tornou-se um importante alvo das reformas empreendidas no período joanino. Além de reverberar na atualidade, a obra cultural de D. João VI (Imprensa Nacional, Teatro Nacional, Biblioteca Nacional e Museu Nacional) foi responsável pela formação e surgimento de uma nova classe social na Colônia: uma elite intelectual que, a partir de 1822, passaria a definir os destinos da futura nação.

Referência(s)