Artigo Acesso aberto Produção Nacional Revisado por pares

As múltiplas vozes narrativas de Jane Eyre: romance e filme

2023; UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO; Volume: 44; Linguagem: Português

10.11606/issn.2317-9511.v44p138-156

ISSN

2317-9511

Autores

Cynthia Beatrice Costa, Lenita Maria Rimoli Pisetta,

Tópico(s)

Translation Studies and Practices

Resumo

O que acontece com a voz de quem narra quando a narrativa muda de língua, tempo, espaço e/ou meio? Para examinar tal questão, adotamos como exemplo uma tradução para o português e uma adaptação cinematográfica do romance Jane Eyre (1847), de Charlotte Brontë. No plano da tradução interlingual, várias questões se colocam, como quando a narradora-personagem se dirige ao leitor. Como traduzir esse ‘reader’, que em português necessariamente terá marcação de gênero? A quem Jane se dirige? Já no filme de Robert Stevenson (1943), a narradora desdobra-se: a voz de Joan Fontaine em voice-over divide a tarefa narrativa com a câmera. A partir de conceitos narratológicos de Booth (1980) e Genette (1995) e dos estudos de Kozloff (1988) a respeito do uso de voice-over no cinema, examinamos a hipótese de que tradução e adaptação pressupõem ajustes significativos na voz narrativa.

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