
Da compaixão à incompaixão
2023; Programa de Pós-graduação em Geografia (PPGEO); Issue: 28 Linguagem: Português
10.51951/ti.v13i28.p174-190
ISSN2236-7403
Autores Tópico(s)Literature, Culture, and Criticism
ResumoJoão Caetano, ator carioca e criador do teatro brasileiro, em 1835, encenou e dirigiu em São João de Itaboraí, Rio de Janeiro, Otelo de Ducis. Por intermédio dessa encenação, muitos se interessaram pelo drama, tornando-se foco de leituras, estudos, encenações e imitações por vários dramaturgos e escritores, a exemplo de Álvares de Azevedo (1821-1852). Esta pesquisa se alinha à Literatura comparada e à Estética da recepção com o intuito de estabelecer relações de Otelo com a obra azevediana que pertence à segunda geração romântica brasileira. Ademais, fundamenta-se nos estudos de Brunel (2012), Carvalhal (2006), Compagnon (1996), Nitrini (2021), Samoyault (2008) e Sant’anna (2008). Analisaram-se qualitativamente alguns textos do poeta paulista para verificar semelhanças e dessemelhanças entre os autores, com o objetivo de entender as razões pelas quais o jovem escritor fez essas menções incisivas à tragédia supracitada e quais foram os procedimentos e sentidos sui generis aplicados e atribuídos na apropriação. Dessa forma, observaram-se duas citações diretas provenientes de O poema do Frade (2000) e de O Conde Lopo (2000) ligadas às personagens shakespearianas que recebem um destaque central neste trabalho.
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