
FEIRANTES NA PANDEMIA: FORMAS DE RESISTÊNCIA E PERCEPÇÃO DA CRISE ECONÔMICA
2023; Volume: 3; Issue: 6 Linguagem: Português
10.56083/rcv3n6-016
ISSN2764-7757
AutoresArmindo de Arruda Campos Neto, Gabriel Gonçalves Rodrigues Araújo, Henriett Marqués Montanha, Alice Gonçalves de Campos Rodrigues, Rita Santana Ramos Da Silva,
Tópico(s)Rural Development and Agriculture
ResumoA pandemia da covid-19 acarretou séria crise econômica mundial, principalmente para classes mais vulneráveis como os profissionais liberais. Diante disso, este estudo teve como objetivo identificar o atual perfil sociodemográfico de feirantes, suas buscas de apoio socioeconômico e de recolocação profissional e suas atribuições às causas pela crise. Para isso, foi enviado um questionário diagnóstico em um grupo do WhatsApp de feirantes em Cuiabá, Mato Grosso, obtendo uma amostra de 44 voluntários com 55,1% de mulheres, maioria entre 51 a 60 anos (32,6%), alta religiosidade (72,7%) e com 31,8% de participantes já contaminados pelo coronavírus. A pandemia aumentou o número de feirantes com menos de um salário mínimo (de 2,2% para 24,40%) e surgiram também pessoas sem rendas (6,8%). A família foi o maior aporte afetivo e econômico e a internet o recurso mais utilizado para retomar as atividades ou buscar novo emprego. A chegada da pandemia foi a mais citada como responsável pela crise (47%), seguida pela ineficiência política (35,3%), retração econômica mundial (33,3%) e pelo próprio comodismo e falta de persistência (6,81%). Estes resultados sugerem uma vulnerabilidade socioeconômica dos feirantes durante a pandemia da covid-19.
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