
Processamento sensorial de pacientes com transtorno do espectro do autismo (TEA) e adaptações necessárias ao atendimento odontológico: uma revisão integrativa
2023; Volume: 4; Issue: 2 Linguagem: Português
10.52076/eacad-v4i2.465
ISSN2675-8539
AutoresAna Thereza Moreira Bezerra, Nikson Pereira Fernandes, Matheus Almeida Barbosa, Leticia Catarine Ferreira de Oliveira Santos, Matheus Ribeiro de Oliveira, Iasmin Soares Souza Santos, Nathan João Luiz Luna Lima, Lucas Celestino Guerzet Ayres,
Tópico(s)Dental Anxiety and Anesthesia Techniques
ResumoO transtorno do espectro autista (TEA) é definido como uma alteração do neurodesenvolvimento caracterizada por prejuízos na interação social, linguagem, comportamento, função cognitiva. O processamento sensorial se refere à maneira como o sistema nervoso (SN) organiza as informações sensoriais recebidas para obter interação com sucesso. As ações do SN que permitem a interpretação das informações sensoriais podem ocorrer com reações extremas, gerando responsividades atípicas, resultando em estresse e ansiedade ao tentar interpretar o ambiente com precisão. O objetivo deste trabalho foi, através de uma revisão de literatura, destacar como o processamento sensorial do indivíduo com TEA pode comprometer o atendimento odontológico. Há uma variedade de estratégias a serem adotadas para cada paciente e uma discussão com o cuidador deve ajudar o profissional de odontologia a definir quais métodos serão utilizados. As dificuldades de processamento sensorial podem ser um dos fatores que contribuem para a cooperação insatisfatória no consultório odontológico para pessoas com TEA. Indivíduos com TEA podem apresentar prejuízos na saúde bucal, fazendo-se importante ressaltar as dificuldades quanto a familiarização no ambiente odontológico. Realizar a dessensibilização destes pacientes a cada um desses itens é um processo que requer conhecimento, perseverança e colaboração do paciente e de seus cuidadores. O tratamento odontológico do indivíduo com TEA requer uma compreensão profunda do perfil comportamental destes sujeitos. A abordagem terapêutica deve ser individualizada para cada paciente. O papel da educação continuada dos profissionais da odontologia e dos pais é fundamental na superação das dificuldades encontradas pelo paciente durante o atendimento odontológico.
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