Artigo Acesso aberto

Mestres artífices em Minas Gerais/Brasil do século XVIII, arquitetura religiosa: miscigenado saber fazer para intervenção

2023; Servicios Academicos Intercontinentales; Volume: 15; Issue: 3 Linguagem: Português

10.55905/cuadv15n3-024

ISSN

1989-4155

Autores

Fabiana Mendes Tavares Jacques, Ilka Dutra, Leonardo Civale,

Tópico(s)

History of Colonial Brazil

Resumo

Nas Minas Gerais/ Brasil do século XVIII uma arquitetura singular foi desenvolvida. Considerada um fenômeno, abrangeu não somente o principal estilo arquitetônico da época, mas também a forma de vida, a mentalidade e o comportamento social. Chama-se este estilo próprio de Barroco Mineiro. Essas características peculiares estão diretamente ligadas à sociedade e história da região. A capitania mineira foi a primeira na colônia a possuir uma população essencialmente urbana. A partir de 1720, com a população organizada administrativamente em vilas e freguesias, o maior monumento era a Igreja Matriz, símbolo do poder religioso que tinha seu correspondente na esfera administrativa, nas Casas de Câmara e Cadeia. A construção dessas obras seguiu duas vertentes de conhecimento técnico: o acadêmico, por meio de tratados arquitetônicos vindos de Portugal; e o prático dos mulatos, adquirido do convívio entre os elementos português e africano, sendo depois desenvolvido de forma diferente. Esses artesãos não se organizavam em corporações de ofício. Partindo deste conhecimento e compreendendo a importância dos saberes-fazeres dos mestres artífices para o desenvolvimento da arquitetura Barroca em Minas Gerais, este trabalho se propõe a analisar a prática de construção desses indivíduos com o fim de preparar um material que colabora com os projetos de intervenção dessa arquitetura de referência nacional, considerando seus princípios originais de construção.

Referência(s)