Artigo Acesso aberto Produção Nacional

Lygia Pape, professora

2023; Volume: 7; Issue: 2 Linguagem: Português

10.20396/modos.v7i2.8671367

ISSN

2526-2963

Autores

Michelle Farias Sommer,

Tópico(s)

Youth, Politics, and Society

Resumo

O texto traça anotações sobre as realizações docentes da artista Lygia Pape (1927-2004) ocorridas no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro - MAM Rio (1969-1971); Faculdade de Arquitetura Santa Úrsula (1972-1985); Escola de Artes Visuais do Parque Lage - EAV (1976-1977) e Escola de Belas Artes da Universidade Federal do Rio de Janeiro - EBA/UFRJ (1981-1999). Definindo-se como “intrinsecamente anarquista”, suas práticas pedagógicas “anti-aulas” seguem a mesma direção: reivindicavam liberdade irrestrita para a criação e pautavam-se no descondicionamento do ensino em direção às entradas em estados de invenção. Nesse contexto, o projeto “TEIA” - desenvolvido com alunos, na floresta da Escola de Artes Visuais do Parque Lage, no final da década de 1970 - é trazido para o debate a fim de explorar experimentos sobre formas não lineares de participação, colaboração e ação coletiva. No fundamento de ‘TEIAR’ e ‘o novo princípio de deslocar-se para cima, para baixo, para um lado ou para o outro: sem prejuízo de um só ponto de vista’ está um ponto de partida para modos de criação conjunta no radical experimental convergente entre prática artística e prática pedagógica em Lygia Pape. O texto explora, à luz dos levantes contemporâneos, a hipótese de um viés feminista presente nas diretrizes educacionais da artista que contribui para a reconfiguração das fontes e conceitos do que hoje debatemos como perspectivas feministas latino-americanas.

Referência(s)