
ESCOLA É LUGAR DE BRINCAR? ALGUMAS DISCUSSÕES SOBRE A BRINCADEIRA COMO (RE)CURSO PEDAGÓGICO NA EDUCAÇÃO INFANTIL
2023; Volume: 23; Issue: 1 Linguagem: Português
10.25110/educere.v23i1.2023-027
ISSN1982-1123
AutoresNair Correia Salgado De Azevedo, Beatriz Fernanda da Silva Badaró, Maike Cavalcante Soares,
Tópico(s)Academic Research in Diverse Fields
ResumoEm meio a discussões sobre a aprendizagem das crianças na Educação Infantil, uma delas é de extrema importância: a brincadeira, que é entendida em muitos contextos como uma atividade “natural” da criança, quando essa se trata de um processo aprendido e não adquirido de forma inata. Essa pesquisa teve como objetivo geral, perceber como a ludicidade se apresenta como um (re)curso pedagógico na Educação Infantil. Como objetivos específicos, se propôs a: a) refletir sobre o furto do lúdico e o papel da escola de Educação Infantil; b) discutir a importância da mediação do professor no processo de valorização da ludicidade no contexto da Educação Infantil; c) apresentar a visão de docentes a respeito da ludicidade como recurso pedagógico na Educação Infantil. Caracterizada como uma pesquisa bibliográfica e de abordagem qualitativa, usou de estudos publicados entre os anos de 2010 e 2020. Já a abordagem qualitativa buscou a compreensão dos fenômenos em seu contexto e para isso aplicamos um questionário com 6 professores da Educação Infantil, sendo 2 docentes de uma escola particular de um município de pequeno porte e 4 de uma escola pública de outro município, também de pequeno porte, localizados na região oeste do interior do Estado de São Paulo. Os resultados nos mostraram que em muitos contextos o brincar livre ainda é visto como uma “perda de tempo”, o que é contestável, já que independente dessa ação ser uma atividade dirigida, regrada, orientada ou livre, proporciona momentos em que a criança se apropria de habilidades sociais, cognitivas, físicas e psicomotoras que usará em toda sua vida e em aprendizagens diversas, não se limitando apenas a conteúdos escolares. Foi possível concluir que muitos acreditam que as brincadeiras, especialmente as populares, estão morrendo por influência das mídias, mas esse estudo nos permitiu inferir que o brincar com as mídias não é superior e nem inferior ao brincar popular, pois trata-se de modos diferentes de brincar. Desta forma, o ideal seria que a criança brincasse com jogos midiáticos e que desfrutasse também das brincadeiras populares. É necessário que o adulto mostre para as crianças essas formas de brincar e na escola o professor tem uma função especial ao mediar as ações pedagógicas para que a brincadeira popular ocorra e ganhe cada vez mais espaço na Educação Infantil.
Referência(s)