Artigo Acesso aberto Produção Nacional Revisado por pares

Cirurgia transoral de tireóide e paratireóide no Brasil: onde estamos?

2023; Brazilian College of Surgeons; Volume: 50; Linguagem: Português

10.1590/0100-6991e-20233457

ISSN

1809-4546

Autores

Lucas Ribeiro Tenório, Antônio Augusto Tupinambá Bertelli, Marianne Yumi Nakai, Marcelo Benedito Menezes, Jonathon O. Russell, Antônio José Gonçalves,

Tópico(s)

Meningioma and schwannoma management

Resumo

RESUMO Introdução: a cirurgia de tireoide por via transoral vestibular é uma realidade em muitos países. Embora várias outras técnicas de acesso remoto tenham sido desenvolvidas nos últimos 20 anos, muitas não eram reprodutíveis. A cirurgia endoscópica cervical transoral (TNS - Transoral Neck Surgery) tem se mostrado reprodutível em diferentes centros ao redor do mundo sendo que, aproximadamente cinco anos após sua descrição, foi adotada de forma relativamente rápida por vários motivos. Até o momento, existem pelo menos 7 estudos brasileiros publicados, incluindo uma série de mais de 400 casos. O objetivo deste trabalho é estudar a evolução da Cirurgia Transoral do Pescoço (TNS) no Brasil e descrever o perfil dos cirurgiões envolvidos nesta nova abordagem. Métodos: trata-se de um estudo descritivo. Uma pesquisa online hospedada no REDCap sobre tireoidectomia e paratireoidectomia endoscópica transoral por abordagem vestibular (TOETVA/TOEPVA) foi realizada com 66 cirurgiões brasileiros. Foram levantados dados sobre o perfil do cirurgião, número de casos realizados por região geográfica, que tipo de treinamento foi necessário antes do primeiro caso e comportamento do cirurgião durante o relacionamento com o paciente ao abordar essas novas técnicas. Resultados: a taxa de resposta desta pesquisa foi de 53%. Até o momento, 1.275 casos de TOETVA/TOEPVA foram realizados no Brasil, sendo 1.229 tireoidectomias (96,4%), 42 paratireoidectomias (3,3%) e 4 procedimentos combinados (0,3%). A maioria dos casos foi realizada na região sudeste (821, 64,4%), 538 (42,2%) casos no estado de São Paulo e 283 (22,2%) casos no estado do Rio de Janeiro. Conclusões: a TOETVA está se popularizando no Brasil. Cirurgiões mais jovens, especialmente aqueles entre 30 e 50 anos, são mais propensos a adotar essa abordagem.

Referência(s)