
EFEITOS DE DIFERENTES ESTRUTURAS DE VEGETAÇÃO CILIAR SOBRE AS VARIÁVEIS DE MICROCLIMA E A SENSAÇÃO DE CONFORTO TÉRMICO
2011; Instituto Florestal; Volume: 23; Issue: 1 Linguagem: Português
10.24278/2178-5031.2011231289
ISSN2178-5031
AutoresÉrica Lóis, Rosely Ferreira Santos, Lucila Chebel Labaki,
Tópico(s)Urban Arborization and Environmental Studies
ResumoA vegetação natural junto aos corredores fluviais desempenha diversos papéis no controle e na qualidade ambiental de uma região, sendo uma de suas atribuições o estabelecimento de condições adequadas de controle climático. Sem dúvida, cada estrutura de vegetação ciliar deve apresentar um grau de eficiência para tal função. No entanto, quais são as diferenças de respostas entre diferentes tipos de estrutura? Com o propósito de contribuir para uma resposta, este estudo discute as variações microclimáticas a partir da avaliação das relações existentes entre cinco variáveis climáticas em três diferentes perfis fisionômicos de vegetação (vegetação arbórea densa, vegetação arbórea rarefeita e campo) contíguos ao Ribeirão Cachoeira (Campinas, SP, Brasil). Dados de radiação solar, temperatura do ar e de globo, umidade relativa e velocidade do vento, além da temperatura da água, foram obtidos para cada perfil estudado, durante três dias, nos horários de maior insolação (das 8h às 16h), a três diferentes distâncias do curso d’água ao longo dos perfis, no verão e no inverno. Como indicador do conforto térmico, foi calculada a Temperatura Fisiológica Equivalente – PET, para três horários, nas diferentes situações estudadas. Os resultados evidenciaram a importância da presença e tipo de estrutura da vegetação principalmente na atenuação da radiação solar e seu papel predominante no controle da temperatura e da umidade relativa do ar nas duas estações do ano. A atenuação da radiação solar atingiu 97% em estrutura florestal e 83% em capoeiras; a umidade relativa variou, no verão, de 85% a 100% na estrutura florestal, e entre 40% a 75% na estrutura campestre. Diferenças na temperatura ambiente de até 12,2 ºC foram observadas entre a estrutura florestal e a estrutura campestre, no inverno. A amenização da temperatura da água em sistema florestado chegou a ser 3 ºC em comparação à temperatura da água em sistema campestre. O índice PET indicou ambiente termicamente confortável em quase todos os horários para a estrutura florestal, ao passo que situações favorecedoras de estresse por calor foram observadas na estrutura campo com estrato herbáceo contínuo, em todos os horários no verão.
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