Artigo Acesso aberto Produção Nacional

ESPECTROS BIOLÓGICOS FLORÍSTICOS DE CAMPOS RUPESTRES DE AFLORAMENTO E CAMPOS ÚMIDOS DIFEREM ENTRE SI E EM RELAÇÃO AO ESPECTRO BIOLÓGICO NORMAL DE RAUNKIAER

2012; Instituto Florestal; Volume: 24; Issue: 2 Linguagem: Português

10.24278/2178-5031.2012242387

ISSN

2178-5031

Autores

Natalia de Oliveira Costa, Roque Cielo-Filho,

Tópico(s)

Plant and animal studies

Resumo

A distribuição de frequência de classes de formas de vida em uma flora, conhecida como espectro biológico florístico, varia em função das condições climáticas e edáficas em que as plantas se desenvolvem. Neste trabalho comparamos os espectros biológicos médios (n = 3) de equivalentes a Campo Rupestre de afloramento e a Campo Úmido no Estado de São Paulo na expectativa de encontrar diferenças significativas entre os dois tipos de comunidade. Os Campos Rupestres (G-corrigido = 23,41; p-valor = 0,0001) e os Campos Úmidos (G-corrigido = 80,34; p < 0,0001) diferiram do Espectro Biológico Normal de Raunkiaer, bem como diferenciaram-se entre si (χ2 = 24,23; p < 0,0001). Uma Análise de Correspondência Distendida separou Campos Rupestres de Campos Úmidos devido às maiores frequências de fanerófitos nos primeiros e de hemicriptófitos e terófitos nos últimos. Sugerimos como hipóteses que os micro-habitats favoráveis ao desenvolvimento de fanerófitos sejam mais comuns nos Campos Rupestres de afloramento do que nos Campos Úmidos, ocorrendo o contrário com os micro-habitats favoráveis aos hemicriptófitos. Esta forma de vida pode apresentar melhor ajustamento ao encharcamento do solo do que os caméfitos e geófitos. A estratégia de escape apresentada pelos terófitos seria pouco eficiente em Campos Rupestres de afloramento devido à escassez de solo para proteção das sementes.

Referência(s)
Altmetric
PlumX