Artigo Acesso aberto

Judicialização das relações de trabalho na enfermagem brasileira

2023; Servicios Academicos Intercontinentales; Volume: 16; Issue: 7 Linguagem: Português

10.55905/revconv.16n.7-048

ISSN

1988-7833

Autores

Urbanir Santana Rodrigues, Herbert Toledo Martins, Éder Pereira Rodrigues, Eloá Carneiro Carvalho, Paloma de Sousa Pinho, Tatiane Araújo dos Santos, Paulo Eduardo Santos Santana,

Tópico(s)

Public Health in Brazil

Resumo

Objetivo: Caracterizar o perfil dos processos trabalhistas movidos por trabalhadoras do campo da Enfermagem no Brasil no período de 2014 a 2022. Métodos: abordagem quantitativa, descritivo, natureza documental e jurimétrica, escopo geográfico judiciário trabalhista. Utilizou-se a técnica de raspagem de dados, o webscraping. Resultados: Foram identificados 200.127 processos que Trabalhadoras em Enfermagem figuram no polo ativo da demanda judicial, o valor total das causas somou R$ 13,96 bilhões de reais, e o valor médio R$ 70.245 reais. Com relação às fases processuais existem 75.326 processos em fase de Conhecimento, 32.136 em fase de Liquidação e 11.493 em fase de Execução. Rio de Janeiro, Bahia, e Minas Gerais apresentaram maior número de ações trabalhistas. Entre 2014 e 2017, observou-se tendência de crescimento na distribuição dos processos trabalhistas de 11.025 para 31.672 casos. A partir de 2018, verificou-se um declínio no volume de reclamações. A duração média do processo é de 618 dias. Entre 2014 e 2017 houve crescimento no volume de acordos e aumento de revelias, estas a partir de 2018 reduziram. Conclusão: As mudanças na legislação trabalhista foram implementadas para legitimar práticas empresariais anteriormente consideradas ilegais, alinhadas ao neoliberalismo. No entanto, decisões judiciais embasadas nos princípios constitucionais podem reafirmar os direitos fundamentais e contribuir para a efetivação dos direitos laborais.

Referência(s)