
ENQUANTO A BANDA PASSA: DA ORDEM À COMPOSIÇÃO DE AFETOS
2023; Faculdade Novo Milênio; Volume: 16; Issue: 7 Linguagem: Português
10.54751/revistafoco.v16n7-014
ISSN1981-223X
AutoresAlberto d’Avila Coelho, Hassan Pereira Jalil,
Tópico(s)Urban and sociocultural dynamics
ResumoO presente artigo trata dos resultados investigativos de uma dissertação de mestrado quando esta discorreu sobre as bandas de música, assumindo uma perspectiva que pensa esses grupos a partir de seus integrantes como corpos que são afetados e que afetam o meio. Com o propósito de habitar esse campo de intensidades, opera-se com um recorte que delimita as paixões e ações desprendidas de um grupo de jovens atuante em bandas de música para problematizar os afetos como pressupostos que “furam” uma ordem presente na concepção de banda como “palavra de ordem”, ou seja, aquilo que remete as bandas de música a uma linha molar identificada pelo seu rigor militar, traço inerente à sua origem histórica e que acaba por defini-la em uma concepção universalizante. E é trabalhando na esteira desse traço que um percurso investigativo surge para a dissertação apresentada, aqui, pela seguinte inquietação: Como os afetos tramam enunciados no sentido de relativizar o que pode ser uma “banda de música”, indo além de seu rigor militar? A problemática que esta pesquisa de cunho cartográfico atende, habita o campo das bandas envolvido com a presença e a vibração das molecularidades dos afetos, fazendo a pesquisa se movimentar por agenciamentos que tecem um mote para o universo de cenas, de sons e de movimentos de bandas, trazendo afetos como forças portentosas para concepções mais abertas e flexíveis de que pode ser uma banda de música, abrindo um interesse aos modos como os afetos circulam aí sem serem prontamente identificados.
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