O vector açoriano na Política Externa Portuguesa | The azorean vector in the Portuguese Foreign Policy
2023; Issue: 18 Linguagem: Português
10.59071/2795-4765.rpcp2022.18/pp.53-67
ISSN2795-4765
AutoresMiguel de Oliveira Estanqueiro Rocha,
Tópico(s)History, Culture, and Society
ResumoO arquipélago dos Açores influi sobremaneira, desde há muito, na diplomacia portuguesa. Em 1871, já Andrade de Corvo defendera, no seu livro Perigos, que a aproximação de Portugal aos Estados Unidos deveria ser uma das prioridades da política externa portuguesa, dado o posicionamento geoestratégico dos Açores. Esta antevisão mostrou-se certeira no século passado, durante as duas guerras mundiais, com a instalação de bases militares norte-americanas nestas Ilhas. Desde então, os Açores tornaram-se imprescindíveis para a projecção do poder militar norte-americano no Atlântico e foram a principal razão para o convite endereçado a Portugal para aderir à NATO. Se o término da Guerra-Fria, a valorização do Pacífico e o desenvolvimento tecnológico colocaram sérios desafios à relevância do Arquipélago no sistema internacional, é mister que o alargamento da Plataforma Continental Portuguesa, só por si, dado o posicionamento geoestratégico das Ilhas, de novo lhes confira prevalência no âmbito da política externa portuguesa.
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