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A Medicina Veterinária Forense na identificação de Puma concolor (Linnaeus, 1771) vítima de atropelamento com base em parâmetros morfométricos inerentes a espécie

2023; Brazilian Journal of Development; Volume: 6; Issue: 3 Linguagem: Português

10.34188/bjaerv6n3-009

2595-573X

Vanessa Eloisa Dallabrida, Suellen Rodrigues Calixto, Aline Koslinski, Lucas Ryan Silverio Companhonhi, Humberto Atílio Grassi, Rodrigo Antônio Martins de Souza, Jayme Augusto Peres,

Calpain Protease Function and Regulation

Enquanto a medicina veterinária forense relaciona os conhecimentos científicos referentes à profissão, às leis e às atividades judiciais relacionadas à saúde e bem-estar animal, a tanatologia forense procura estabelecer a identificação do cadáver, o mecanismo e a causa da morte, bem como, o diagnóstico diferencial médico-legal. A onça-parda possui ampla distribuição no Brasil e ocorre em quase todos os biomas. No entanto, a supressão e fragmentação de seus habitats leva a retaliação destes animais por predação de animais domésticos, por caçadores e atropelamentos. O presente trabalho relata o caso de um animal da espécie Puma concolor, vítima de atropelamento, encaminhado ao Laboratório de Anatomia Patológica da Universidade Estadual do Centro-Oeste (UNICENTRO) para identificação e realização de exame necroscópico, visando confirmar a espécie e a causa mortis, sob a ótica da medicina veterinária legal e da tanatologia forense. A identificação do animal ocorreu baseada em padrões de coloração de pelagem, formato da cabeça, orelha, órbitas oculares, dentição e características das patas, dispostos em literatura. Identificar espécies silvestres, mesmo que em procedimentos necroscópicos, é importante para o levantamento da fauna local, permitindo catalogar as espécies de ocorrência e as problemáticas que afetam a vida selvagem. Desta forma, de acordo com o observado na literatura e comparando com os achados em necrópsia, permitiu-se classificar o animal como pertencente a espécie Puma concolor, o qual teve a sua causa mortis ocasionada por choque hipovolêmico e colapso cardiorrespiratório oriundo de processo traumático, em decorrência do atropelamento sofrido.