Artigo Acesso aberto Produção Nacional

Diagnóstico e manejo terapêutico da pancreatite aguda: uma visão abrangente

2023; Brazilian Journal of Development; Volume: 6; Issue: 4 Linguagem: Português

10.34119/bjhrv6n4-091

ISSN

2595-6825

Autores

Alberto Vinicius de Almeida Gomes, Gabriel Andrade de Araújo, Mariana Lacerda Silva, Júlia Barroso Chiari, Vitor Vieira Estephanin, Isadora Luiza Sicupira, Matheus Rainato Zhouri, Isabela Corrêa Rigotto, João Vítor de Lanna Souza, Cecília Silva de Paula Faria,

Tópico(s)

Pancreatic and Hepatic Oncology Research

Resumo

A pancreatite aguda é uma afecção inflamatória do pâncreas que resulta da ativação prematura das enzimas pancreáticas dentro do órgão, levando a danos teciduais e inflamação localizada. Sua etiologia engloba uma variedade de causas, incluindo cálculos biliares, abuso de álcool, trauma abdominal, medicamentos tolerantes e mutações genéticas. A doença manifesta-se clinicamente por sintomas como dor abdominal intensa e náuseas, podendo progredir para complicações sistêmicas graves. O diagnóstico é comprovado por meio da avaliação clínica, exames laboratoriais e de imagem, com a tomografia abdominal computadorizada desempenhando um papel crucial para classificação e conduta. O tratamento da pancreatite aguda consiste principalmente em medidas de suporte. Inclui a reanimação volêmica precoce, a administração adequada de analgésicos para o alívio da dor e a oferta de suporte nutricional. O uso de opioides parenterais, como hidromorfona, é comumente empregado, dado a preferência em relação à morfina devido ao seu potencial de aumentar a pressão no esfíncter da ampola hepatopancreática. A nutrição enteral precoce é recomendada, uma vez que se associa a uma menor taxa de complicações em comparação com a nutrição tardia ou o jejum. Em casos graves e complicações, como complicações extra-pancreáticas e necrose infectada, são necessários cuidados intensivos, com internação em unidade de terapia intensiva. A prevenção e o tratamento adequado das causas subjacentes da pancreatite aguda são fundamentais para evitar recorrências e complicações futuras. A terapêutica deve ser individualizada, considerando a gravidade da doença e a resposta do paciente. O diagnóstico precoce e o manejo adequado da pancreatite aguda desempenham um papel crucial na redução da morbidade e da mortalidade associada a essa condição clínica.

Referência(s)