
rio, a ponte e o outro lado do rio
2017; Volume: 19; Issue: 1 Linguagem: Português
10.60106/rsbppa.v19i1.622
ISSN2764-5762
Autores Tópico(s)Psychology and Mental Health
ResumoO autor propõe a noção de estrangeiro/estranho como uma forma de pensar o encontro com o radicalmente novo do outro e do outro de si. Essa proposta implica pensar a alteridade radical como o trabalho de hospedar aquilo do outro para o qual não temos possibilidades representacionais de reconhecimento. Questiona-se a ideia de síntese da mente humana, um questionamento que começa com Freud, na psicanálise e, na literatura, com a temática do duplo e do estranho. A mente estará sempre num estado de conflito, em que a noção de identidade não deve mascarar os frágeis acordos entre partes que não se sintetizam, apenas convivem da melhor forma possível. Pensar a oscilação produzida pelos diferentes eus que me fazem eu como as diferentes possibilidades de sintonia ou dissintonia com os diferentes pacientes que encontramos em cada um deles tornam a nossa tarefa muito mais complexa, mas, também, mais modesta e verdadeira.
Referência(s)