Revisão Acesso aberto Revisado por pares

F‐words e ingredientes das intervenções precoces para crianças com paralisia cerebral não deambuladoras: uma revisão de escopo

2023; Wiley; Volume: 66; Issue: 1 Linguagem: Português

10.1111/dmcn.15717

ISSN

1469-8749

Autores

Ana Carolina de Campos, Álvaro Hidalgo‐Robles, Egmar Longo, Claire Shrader, Ginny Paleg,

Tópico(s)

Family and Disability Support Research

Resumo

Cuidados centrados na família (incluindo coaching e intervenções fornecidas pelo cuidador) e treinamento parental formal são estratégias eficazes para crianças nos níveis IV e V do GMFCS. Os ingredientes de tecnologia assistiva podem promover várias F-words (funcionalidade, saúde, família, diversão, amigos e futuro). O menor nível de evidência foi encontrado para diversão, amigos e futuro. Outros fatores (prestação de serviços, treinamento profissional, dose de terapia, modificações ambientais) são relevantes para crianças pequenas nos níveis IV e V do GMFCS. Esta revisão de escopo identificou os ingredientes de intervenções precoces para crianças com paralisia cerebral em risco de não serem deambuladoras, e os mapeou-os de acordo com a estrutura das F-words. O treinamento formal dos pais e a tecnologia assistiva se destacaram como estratégias para abordar com várias F-words.Explorar os ingredientes das intervenções precoces fornecidas a crianças pequenas com paralisia cerebral (PC) classificadas nos níveis IV e V do Sistema de Classificação da Função Motora Grossa (GMFCS) e identificar as F-words abordadas pelas intervenções. MÉTODO: As buscas foram concluídas em quatro bases de dados eletrônicas. Os critérios de inclusão foram os estudos experimentais originais que se encaixavam nos seguintes componentes do PCC: População: crianças pequenas (de 0 a 5 anos, pelo menos 30% da amostra) com PC e comprometimento motor significativo (GMFCS níveis IV ou V, pelo menos 30% da amostra); Conceito: serviços de intervenção precoce não cirúrgicos e não farmacológicos que medem os resultados de qualquer um dos domínios da Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde; e Contexto: estudos publicados de 2001 a 2021, de todos os cenários e não limitados a nenhuma localização geográfica específica.Oitenta e sete artigos foram incluídos para revisão, com desenhos qualitativos (n = 3), mistos (n = 4), descritivos quantitativos (n = 22), quantitativos não randomizados (n = 39) e randomizados quantitativos (n = 19). Ingredientes de saúde (n = 59), família (n = 46) e funcionalidade (n = 33) foram abordados pela maioria dos estudos experimentais, enquanto estudos sobre diversão (n = 6), amigos (n = 5) e futuro (n = 5) =14) foram escassos. Vários outros fatores (n = 55) relacionados ao ambiente, por exemplo, prestação de serviços, treinamento profissional, dose terapêutica e modificações ambientais, também foram relevantes. INTERPRETAÇÃO: Muitos estudos apoiaram positivamente o treinamento formal dos pais e o uso de tecnologia assistiva para promover várias das F-words. Foi fornecido um menu de ingredientes de intervenção, com sugestões para que pesquisas futuras as incorporem em um contexto real na família e na prática clínica.Cuidados centrados na família (incluindo coaching e intervenções fornecidas pelo cuidador) e treinamento parental formal são estratégias eficazes para crianças nos níveis IV e V do GMFCS. Os ingredientes de tecnologia assistiva podem promover várias F-words (funcionalidade, saúde, família, diversão, amigos e futuro). O menor nível de evidência foi encontrado para diversão, amigos e futuro. Outros fatores (prestação de serviços, treinamento profissional, dose de terapia, modificações ambientais) são relevantes para crianças pequenas nos níveis IV e V do GMFCS.

Referência(s)