Artigo Acesso aberto

O paradoxo dos benzodiazepínicos: uma avaliação neurobiológica das consequências do uso e abuso na saúde física e mental

2023; Brazilian Journal of Development; Volume: 6; Issue: 4 Linguagem: Português

10.34119/bjhrv6n4-163

ISSN

2595-6825

Autores

Mariana Beatriz Gomes De Abreu, Hilário Oliveira Mororó Filho, Iann Gabriel André Freire, Ryan Carvalho Coradi, Renato Catunda Mesquita, Luma Araujo Marques Sousa, Lucas Furtado Viana, Vicente Tadeu Aragão Matos Filho, Francisco Elder Veras Leitão Filho, Pedro Henrique de Sousa Pinheiro Estevam, Igor Fontenele Moreira, Antonio Igor Camelo Marques, Davi Viana Souza Fontenele, Emanuel Davi Braga Leite Albuquerque, Roberta Aguiar De Pinho, Pedro José Targino Ribeiro, Renato Jorge Rodrigues Filho, Cyntya Halynne Ferreira Da Ponte, José dos Santos Macedo Melo, Samilly Hellen Ferreira Mendes, Denise Francisca Dos Santos, Gilmara Santos Melo Duarte, Maria da Gloria Ponte Carneiro, Larissa Sousa Ferreira, Gabriella Mendes Justino, Leord Holanda Rebouças De Deus, Francisco de Assis Lira Filho, Francisco Kelton Araujo Lira, Maria Daiana Rufino Freire,

Tópico(s)

Sleep and Wakefulness Research

Resumo

O uso indiscriminado de benzodiazepínicos tem sido objeto de preocupação devido suas consequências na saúde física e mental. Este artigo buscou avaliar neurobiologicamente os impactos dessas substâncias, conhecidas por modular a neurotransmissão gabaérgica, e confrontar as ideias centrais dos estudos disponíveis na atualidade. A ação dos benzodiazepínicos no sistema nervoso central promove efeitos ansiolíticos, sedativos, hipnóticos e relaxantes musculares, resultando em alívio imediato de sintomas como ansiedade e insônia. No entanto, o uso crônico dessas substâncias está associado a diversas consequências negativas. O comprometimento cognitivo é um dos principais impactos observados, incluindo déficits de memória e atenção. Além disso, o uso prolongado de benzodiazepínicos pode levar à queda da função hepática, aumentando o risco de lesões no fígado. O risco de quedas e fraturas também é elevado, principalmente em idosos, devido aos efeitos sedativos e relaxantes musculares dessas substâncias. O desenvolvimento de dependência e a síndrome de abstinência são preocupações adicionais, exigindo uma descontinuação gradual e monitoramento cuidadoso. Esta revisão de literatura abordou estudos que reforçam essas preocupações, destacando a importância de uma abordagem individualizada na prescrição de benzodiazepínicos. Profissionais de saúde devem considerar os riscos e benefícios, promovendo estratégias não farmacológicas para o manejo da ansiedade e insônia. No contexto brasileiro e mundial, é essencial conscientizar os pacientes sobre os potenciais riscos associados ao uso prolongado dessas substâncias. Alternativas terapêuticas estão sendo investigadas, visando minimizar os efeitos colaterais e oferecer opções mais seguras e eficazes. Em conclusão, o uso e abuso de benzodiazepínicos apresenta um paradoxo entre os benefícios terapêuticos imediatos e os riscos a longo prazo. Profissionais de saúde desempenham um papel fundamental na prescrição responsável dessas substâncias, garantindo o uso adequado e promovendo estratégias alternativas para o cuidado da saúde mental e física dos pacientes.

Referência(s)