Dor psíquica

2016; Volume: 18; Issue: 1 Linguagem: Português

10.60106/rsbppa.v18i1.577

ISSN

2764-5762

Autores

Cleuza Mara Lourenço Perrini,

Tópico(s)

Youth, Drugs, and Violence

Resumo

Comumente, o ser humano depara-se com dores indefiníveis, inexplicáveis e incompreensíveis. Costuma vivenciá-las em clima de terror (inominado), o que muitas vezes faz com que procure a análise. Outras vezes, elas são vividas em pleno processo analítico. Ambas as dores podem ser situadas como pertencentes ao âmbito de profundas mudanças psíquicas, algumas com êxito, expressas em transformações significativas, e outras sem elaboração, muitas vezes presentes em manifestações psicossomáticas. Frequentemente, essas dores, quando negadas, são classificadas como inventadas ou fictícias. Muitas vezes são sentidas como parecendo dores físicas, mesmo não encontrando correspondência em situações depressivas, de angústia ou de pânico. No entanto, são dores psíquicas que podem ser sentidas e não sofridas. A ameaça de descontrole é tão apavorante que se evita viver a emoção. E o descontrole pode não ser da loucura, mas do medo do desconhecido, do novo. Isto concorre para que a pessoa finja a dor (experiência de dor), como o poeta que deveras sente, ficando em um limiar de suportabilidade, muitas vezes impeditiva, de se ter uma real energia psíquica, favorecedora de expansão mental criativa.

Referência(s)