Ecos de um colonialismo em chamas: a iconoclastia antirracista em disputa pela memória
2023; UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS; Volume: 15; Issue: 29 Linguagem: Português
10.15210/rmr.v15i29.24882
ISSN2177-4129
Autores Tópico(s)History of Colonial Brazil
ResumoBuscamos apresentar uma reflexão acerca da iconoclastia antirracista das consequências trazidas pelo ativismo para os estudos e práticas patrimoniais. Situamos a discussão numa dimensão iconográfica. O título deste artigo traz por um lado a referência ao incêndio da figura colonial brasileira Borba Gato, ao mesmo tempo que evoca as discussões de Georges Didi-Huberman sobre as imagens que queimam, rasgam e nos afetam profundamente. Temos também o eco, enquanto parte das memórias dentro das imagens, e igualmente como metáfora para os limites deste movimento social. Acreditamos e argumentamos a fim de demonstrar que se trata de uma tomada do patrimônio pela sociedade cível, sua reação às imagens violentas do genocídio e da colonização, mais que a queima de uma materialidade, trata-se de despertar no povo o que Frantz Fanon chamou de dite de combat,que nos faz ver a história colonial mais claramente pondo-a em chamas.
Referência(s)