Artigo Acesso aberto Produção Nacional

Submissão, silenciamento e invisibilidade: representações da violência simbólica na obra a vida invisível de Eurídice Gusmão de Martha Batalha

2023; Volume: 19; Issue: 33 Linguagem: Português

10.48075/rlhm.v19i33.29861

ISSN

1983-1498

Autores

Adriana Delmira Mendes Polato, Douglas Fernando Blanco, Wilma dos Santos Coqueiro,

Tópico(s)

Psychology and Mental Health

Resumo

Em perspectiva de pesquisa interdisciplinar, este trabalho busca analisar como a violência simbólica (BOURDIEU, 2019) contra as mulheres é representada no romance A vida invisível de Eurídice Gusmão (2016), da escritora brasileira Martha Batalha. O enredo tem como cenário o Rio de Janeiro da década de 1940, e traz como protagonista Eurídice Gusmão, a mulher que poderia ter sido, uma mulher cuja potencialidade, expressão e projeção social pública foram tolhidas pela opressão masculina na figura do pai e do marido. No romance, por diversas vezes, as personagens femininas são recorrentemente diminuídas e/ou violentadas sob o manto do mito da proteção e do cuidado masculino. Para tal análise, respaldamo-nos, também, nos estudos de historiadoras como Mary Del Priore (2004), para contextualizar a sociedade e a mulher dos anos 1940 no Rio de Janeiro, Michelle Perrot (2019), para refletir acerca do silenciamento das mulheres e Mikhail Bakhtin (2018 [1975]), para compreender as questões relativas ao cronotopo da obra, que constitui índices de identidade, principalmente, aos sujeitos mulheres.

Referência(s)