
Percepções sobre contribuições/desafios da integração ensino-serviço-comunidade a partir da experiência de uma disciplina cirúrgica
2023; Associção Brasileira de Educação Médica; Volume: 47; Issue: 3 Linguagem: Português
10.1590/1981-5271v47.3-2021-0381
ISSN1981-5271
AutoresLudmila Leite Sant’Anna Vaz de Mello, Maria Aparecida Turci, Camila do Carmo Said, Alessandra Aparecida de Carvalho, Bruno Gomes, Julia Braga Holliday,
Tópico(s)Healthcare during COVID-19 Pandemic
ResumoResumo: Introdução: As Diretrizes Curriculares Nacionais (DCN) da graduação em Medicina enfatizam a formação no contexto da atenção básica de saúde e têm como eixos do desenvolvimento curricular as necessidades de saúde da população e a integração ensino-serviço-comunidade (Iesc), preferencialmente nos serviços do Sistema Único de Saúde (SUS). Dessa forma, a rede básica de saúde é um cenário de aprendizagem singular, pois proporciona aos alunos a possibilidade de eles vivenciarem as políticas de saúde e o trabalho multiprofissional, além de permitir que lidem com problemas reais, vinculando a formação médico-acadêmica às necessidades sociais da saúde. Objetivo: Este estudo teve como objetivo analisar as características da integração ensino-serviço que contribuem para a universidade, os serviços de saúde e a comunidade, e as suas dificuldades e os seus desafios por meio da percepção dos discentes, usuários e profissionais de saúde envolvidos no ambulatório de cirurgia ambulatorial e no projeto de extensão da Universidade Federal de São João del-Rei (UFSJ) nas unidades de saúde em Tiradentes, em Minas Gerais. Método: Trata-se de estudo qualitativo que utilizou como instrumentos de coleta de dados entrevistas semiestruturadas com usuários, discentes e profissionais de saúde sobre a percepção da IESC. Para a análise dos dados, empreendeu-se a técnica de análise de conteúdo. Resultado: Os dados mostraram que a IESC permitiu melhorar a qualidade do trabalho no serviço de saúde, qualificar os profissionais ali presentes, além de ampliar a realização pessoal dos atores dessa interação. Também trouxe melhorias à atenção primária, possibilitando a compreensão da organização da prática no trabalho e maior resolubilidade da unidade básica de saúde. Ainda foi possível uma percepção dos desafios e impasses dessa integração a serem superados, como falta de estrutura e materiais, desconforto minoritário, mas, não menos importante, de pacientes a serem atendidos pelos estudantes e confronto da rotina dos profissionais de saúde locais com a universidade. Conclusão: A universidade inserida dentro da realidade social e dos serviços de atenção primária forma profissionais mais capacitados para problemas mais prevalentes ao mesmo tempo que beneficia a população e as equipes de saúde locais.
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