Relações intertextuais e efeitos de sentido na obra "Crer ou não crer: uma conversa sem rodeios entre um historiador ateu e um padre católico"
2023; Servicios Academicos Intercontinentales; Volume: 15; Issue: 7 Linguagem: Português
10.55905/cuadv15n7-031
ISSN1989-4155
AutoresBárbara Furtado Pinheiro, Rejane Santos Nonato,
Tópico(s)Linguistics and Language Studies
ResumoO presente artigo propõe analisar os tipos de intertextualidade na obra "Crer ou não crer: uma conversa sem rodeios entre um historiador ateu e um padre católico", publicada em 2017, de autoria do padre Fábio de Melo e do historiador Leandro Karnal. Nesse sentido, este trabalho discute sobre os efeitos de sentido para a construção textual. Para tanto, a pesquisa realizada para compor o presente artigo caracteriza-se como bibliográfica quanto à finalidade; quanto aos objetivos, valeu-se da pesquisa descritiva, enquanto percurso teórico-metodológico; no que tange à abordagem, a análise do corpus foi dirigida qualiquantitativamente. Do ponto de vista teórico, o presente estudo mobiliza noções advindas da Linguística Textual, especialmente os conceitos de texto e intertextualidade (Beaugrande e Dressler, 1981; Paulino, Walty E Cury, 1995; Val, 1999; Koch, Bentes e Cavalcante, 2007; Cavalcante e Brito, 2011; Cavalcante, 2012), em diálogo com a Literatura, particularmente por meio das categorias analíticas: relações de copresença e de derivação (Piègay-Gross, 2010), sustentando que, mesmo sendo lugares teóricos diferentes, não há como se conceber um sem o outro. Os resultados revelaram que os tipos intertextuais presentes no livro são: citação direta, indireta, referência, alusão, détournement, travestimento burlesco e paráfrase. Dessa forma, conclui-se que estes fenômenos intertextualizantes contribuíram para enriquecer o debate contido na obra e produziram diversos efeitos de sentido e funções discursivas que estão além do canônico. Além disso, encontrou-se variados tipos de relações intertextuais sobrepostas. Portanto, foi possível observar que as categorias analíticas da intertextualidade são flexíveis.
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