Artigo Acesso aberto Produção Nacional

Levantamento florístico em duas praças da cidade de Bandeirantes - PR

2023; Servicios Academicos Intercontinentales; Volume: 16; Issue: 8 Linguagem: Português

10.55905/revconv.16n.8-108

ISSN

1988-7833

Autores

Elisete Aparecida Fernandes Osipi, Conceição Aparecida Cossa, Andre Silva Gouvea, Gabriel José Carneiro, Lucas OSIPI,

Tópico(s)

Phytochemistry Medicinal Plant Applications

Resumo

Assim como a grande maioria das cidades brasileiras, Bandeirantes-PR não tem controle sobre as áreas verdes urbanas e nem conhecimento formal de sua composição florística. O conhecimento do status dessa flora é uma ferramenta útil para que se conheça a sua biodiversidade e se reforce a importância de sua conservação e preservação, buscando a sustentabilidade urbana. Este trabalho teve como objetivo fazer um estudo quantitativo da composição florística das praças Jamil Fares Midauar e Brasil Japão, da cidade de Bandeirantes, Paraná. No decorrer de agosto a setembro de 2022 os indivíduos arbóreos, arbustivos e palmáceos foram quantificados e identificados botanicamente com base em literaturas especializadas. Foram encontrados o total de 55 indivíduos, distribuídos em 10 famílias, 15 gêneros e 16 espécies botânicas. A família Arecaceae foi a que apresentou maior riqueza de gêneros e espécies, representada pelas espécies Caryota urens L (palmeira rabo de peixe), Phoenix canariensis H. Wildpret (palmeira das Canárias), Roystonea oleraceae (Jacq.) O.F. Cook (palmeira imperial) e Syagrus romanzoffiana (Cham.) Glassman (jerivá). A família Bignoniaceae foi a que apresentou maior abundância, com 30,9% dos indivíduos. As espécies mais frequentes foram a Handroanthus heptaphyllus (Vell.) Mattos (ipê roxo) com 20,0% do total de indivíduos, seguida da Cycas revoluta Thunb (sagú-de-jardim) com 12,7% e da Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos (ipê rosa) com 10,9%, todas representando 43,6% do total de indivíduos. Estes mesmos indivíduos estão distribuídos em apenas duas famílias (Bignoneaceae e Cycadaceae), dois gêneros (Handroanthus e Cycas) e três espécies, ocorrendo a homogeneização de espécies, o que facilita a ocorrência de pragas e doenças e não contribui para se ter boa harmonização e atratividade da paisagem. Isto denota o não planejamento da arborização no que tange à adequada proporção de utilização das espécies. O percentual de espécies nativas encontradas é inferior ao de espécies exóticas, sendo Citrus limon (L.) Osbeck e Pinus elliottii Engelm., espécies exóticas invasoras para o estado do Paraná, fatos que denotam a não escolha adequada de espécies para arborização e vão de encontro ao que se propõe para uma arborização urbana sustentável.

Referência(s)