Artigo Acesso aberto

Doença de Cushing - aspectos epidemiológicos, fisiopatológicos e manejo terapêutico

2023; Brazilian Journal of Development; Volume: 6; Issue: 4 Linguagem: Português

10.34119/bjhrv6n4-210

ISSN

2595-6825

Autores

Ana Carolina de Araujo Hartmann, Camila Rocha Firmo, Guilherme Aurélio D ́ ́ Oliveira Alves, Juliana Calil de Carvalho Couri, Luana Salgado Reis De Moura, JÚLIA VELOSO BOAVENTURA, Lorena de Souza Carvalho, Thainá Baltazar Ferreira Da Cruz, Caroline Antonia Gontijo Da Fonseca, João Vitor Gontijo Araujo,

Tópico(s)

Adrenal and Paraganglionic Tumors

Resumo

A Síndrome de Cushing (SC) representa um conjunto de sinais e sintomas causados pelo excesso de hormônios glicocorticóides no organismo, podendo ter origem exógena ou endógena. Nesse sentido, a Doença de Cushing (DC) corresponde a uma forma específica de SC e é causada por um tumor hipofisário produtor do hormônio adrenocorticotrófico (ACTH). Ademais, tem uma prevalência mundial estimada de 4 casos em cada 100.000 pessoas, com uma incidência anual de 0,12 a 0,24 casos em cada 100.000 pessoas. No entanto, é possível que esses números estejam subestimados, já que alguns portadores da doença podem não estar cientes do diagnóstico. Em relação aos adultos, a DC afeta três vezes mais mulheres do que homens, e os sintomas geralmente começam a aparecer entre a terceira e a sexta década de vida. Quanto aos sintomas, a DC se manifesta com características clínicas específicas, como obesidade, hipertensão arterial sistêmica (HAS) e alterações cutâneas, e pode levar a complicações cardiovasculares graves - correspondendo o infarto agudo do miocárdio (IAM) e o acidente vascular encefálico (AVE) as complicações de maior mortalidade relacionadas à doença. O diagnóstico da DC é desafiador, sendo confirmado através de exames de imagem que identificam tumores hipofisários secretores de ACTH. O tratamento de primeira linha para a DC é a cirurgia transesfenoidal para remoção do tumor, mas a recorrência é possível mesmo após a remissão inicial, tornando o acompanhamento regular essencial para monitorar a condição e possibilitar novas intervenções cirúrgicas se necessário. A reoperação apresenta maior risco de complicações devido ao tecido cicatricial prévio na hipófise.

Referência(s)