
ANÁLISE DO DESENHO PRODUTIVO DO BORDADO ARTESANAL DE TIMBAÚBA DOS BATISTAS, RIO GRANDE DO NORTE
2023; Volume: 13; Linguagem: Português
10.33237/2236-255x.2023.4657
ISSN2236-255X
AutoresIrami Rodrigues Monteiro Júnior,
Tópico(s)Academic Research in Diverse Fields
ResumoO bordado artesanal foi introduzido na região do Seridó a partir da chegada dos portugueses e tem traços semelhantes ao bordado identificado na Ilha da Madeira, em Portugal. Assim, o objetivo é discutir as etapas de circulação, distribuição e consumo do circuito espacial produtivo do bordado artesanal de Timbaúba dos Batistas no atual período da globalização. Para isso, foram realizadas entrevistadas semiestruturas com 242 bordadeiras escolhidas aleatoriamente no município. Desse montante, 82 foram realizadas virtualmente entre abril e junho de 2021 por causa da pandemia do coronavírus. Foi utilizado autores como Batista (1988), Brito (2010) na discussão do bordado artesanal, Frederico e Castillo (2010), Moraes (1985) e Santos (1994; 2008) no tocante ao circuito espacial de produção e uso do território. Dentro do circuito, os meios de transportes utilizados pelas bordadeiras empreendedoras são caminhões, vans e táxi aéreo custeado pelos compradores das mercadorias numa relação vertical. O pagamento é 85% em dinheiro, 5% depósito, 3% cartão de crédito e 2% com o Pix. A comunicação entre os clientes é cerca de 93% pelo WhatsApp, e 7% por telefone. O maior consumo do bordado artesanal é da própria região Nordeste, pelos estados do Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco e Ceará, que concentram 68% de toda a produção, e, em segundo lugar, a região Centro-Sul, representada pelos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e pelo Distrito Federal, que conferem 32%. Por fim, percebe-se que as formas de distribuição, comercialização e consumo mudaram dos tempos trazidos pelos os portugueses.
Referência(s)